SÃO PAULO - Mais dez mortes por gripe suína foram registradas em São Paulo nos últimos 5 dias e o total no Estado chega a 37. As vítimas tinham entre 19 e 54 anos. Entre os mortos estão sete mulheres. Três estavam grávidas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, uma jovem de 19 anos foi submetida à cesariana, mas o bebê já estava sem vida no momento do parto. Uma outra, de 25 anos, estava grávida de oito meses. O bebê também morreu. Uma terceira mulher, de 22 anos, estava no segundo trimestre de gravidez e tinha asma. As três moravam na Grande São Paulo. A lista informa ainda a morte de três mulheres de Campinas, uma de 31 anos, outra de 48, portadora de lúpus, e outra de 54 anos. Essa última possuía histórico de obesidade, tabagismo e doença pulmonar obstrutiva crônica. Também no interior do estado, em Bauru, morreu uma mulher de 46 anos. Ela era obesa, fumante e tinha hipertensão arterial severa. Os três homens tinham 22, 30 e 47 anos. Dois deles moravam na Grande São Paulo e outro em Campinas. O rapaz de 22 anos era fumante e o homem de 47 possuía hemoglobinopatia. Esse último morreu no dia 29, cinco dias depois de ser internado no no Hospital Mário Covas, em Santo André.
Outras mortes foram anunciadas nesta sexta-feira em São Paulo, mas não estão contabilizadas nesse número. Uma adolescente de 17 anos, grávida de gêmeos , morreu de gripe suína na tarde de ontem em Campinas. Ela deu entrada em um hospital-maternidade em 12 de julho em trabalho de parto. A adolescente não tinha doença anterior. Os bebês nasceram dia 14 de julho e passam bem. Eles já receberam alta. Um engenheiro de 48 anos que morava em São Caetano do Sul, no ABC paulista, também morreu nesta sexta-feira no Hospital Edmundo Vasconcelos, na capital. Segundo a prefeitura de São Caetano, ele viajava muito e provavelmente foi contaminado em outro país. Até 31 de julho, a Vigilância Sanitária de São Caetano do Sul notificou 59 pessoas com suspeita de gripe A. Desse número, 35 casos foram descartados e oito foram confirmados com a doença. Dos nove casos suspeitos, cinco pessoas estão internadas no Hospital Municipal Albert Sabin, duas no Hospital Beneficência Portuguesa e duas no Hospital São Caetano. Desde o início da pandemia, Valinhos, Mogi Guaçu, Cosmópolis, Sumaré e Indaiatuba também registraram mortes. Outras dez suspeitas aguardam o resultado dos exames. Em Campinas, já foi registrado um surto da doença. Três funcionários de uma creche contraíram o vírus H1N1, segundo exames divulgados na segunda-feira. O local foi fechado por 15 dias por determinação da Secretaria Municipal de Saúde. A creche atende a 64 crianças de até 3 anos. Entre alunos e funcionários, frequentavam o local 80 pessoas. Outros sete surtos estão sendo investigados em escolas, serviços de saúde e hotéis. Também nesta sexta-feira, o governo gaúcho confirmou mais quatro mortes por gripe suína no estado. Entre as vítimas está uma gestante de 23 anos que morava em Vacaria. Ela morreu no dia 19 de julho. Com isso, o Rio Grande do Sul tem 25 mortes decorrentes da gripe A (H1N1). As vítimas tinham entre 21 e 37 anos. Duas pessoas morreram em Caxias do Sul com gripe suína. Um soldador de 24 anos morreu no dia 19 com pneumopatia. No dia 25, um homem de 37 anos também morreu na cidade. Em São Borja, uma jovem de 21 anos morreu no dia 20. Ela tinha diabetes, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.
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